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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Por que casar?

Eu estou prestes a me casar e o que eu mais ouço por aí são conselhos (a maioria não solicitada) e - pior - previsões semi-exotéricas, loucas, fundadas quase sempre a na experiência pessoal de cada um/uma.
Com sua licença, eu não quero esses conselhos/previsões. Eu quero ter a minha mente aberta e livre de quaisquer experiências toscas que cada um já tenha vivido para que eu possa, assim, ter as minhas, 100% minhas. 
Não é porque a Dona Meméia - que se casou há trinta anos e costumava engolir sapos - acabou se separando, que o mesmo irá me acontecer, caso eu engula uns sapinhos aqui e outros ali. Não pretendo me separar por meia dúzia de anfíbios.
Também não é porque Sra. Eu-Tenho-A-Vida-Perfeita se cansou de ter uma casa maravilhosa, filhos lindos e um maridão/paizão sensacional, que eu também vou me cansar e sair procurando consolo em braços (e outros membros) alheios.
Eu não tô me casando porque alguém me disse que seria legal. E nem desistiria de casar porque alguém me disse que casamentos só dão dor de cabeça. Eu tô casando porque eu quero ter as minhas próprias impressões. Eu tô casando porque eu quero escolher a cor da parede da minha sala e quero ter alguém pra pregar os quadros nela. Porque eu quero olhar pro lado, de madrugada, quando eu tiver pesadelos, e sentir que não estou sozinha. Porque eu quero preparar bruschettas, enquanto ele abre o vinho e deixa no ponto o filminho da noite. Porque planejar viagens a dois é muito melhor do que planejá-las sozinha. Porque passar perrengues junto é muito menos pior do que sozinha. Porque quando você encontra uma pessoa com quem você sente que a vida seria melhor, é isso que você tem vontade de fazer: casar.


E me desculpem os conselheiros de plantão, mas seus conselhos para nada mais me servem além de (pouco) entreter ou gerar dó. Se eu pudesse lhes dar um conselho, não daria. Abriria mão. Conselhos são chatos e, considerando que quase sempre são baseados na história pessoal do conselheiro, inúteis. Infinitos são os elementos que geram a personalidade, o caráter, o jeito, as vontades e a história de cada um e de cada casal. Por isso, considerando as variáveis de cada relacionamento, não há como se prever o futuro de nenhum casal. Não é porque a Cientologia separou o Tom Cruise da Katie Holmes que a sua pedra no sapato também o fará.
Sendo assim, me despeço com o mais profundo desejo de que vocês VIVAM A VIDA, ousem, arrisquem, casem! Só não deixem de fazer nada porque não deu certo com outras pessoas ou com vocês mesmas. E, depois, escrevam um livro. Criem um blog. Mas não aconselhem, combinado?!